“O homem é lobo do homem é uma das frases mais repetidas por aqueles que se referem ao filósofo Thomas Hobbes. O estado que por ele fala, nos traz convivência do ser humano no estado social, numa incessante guerra pelo poder, sendo, portanto, movida pelo gênero natural humano.
O estado de Natureza como comenta Hobbes, é o modo de ser que caracteriza o homem antes de seu ingresso no Estado Social. No Estado de Natureza, “a utilidade é a medida do direito . Isso significa que, levado por suas paixões, o homem precisa conquistar o bem, ou seja, as comodidades da vida, aquilo que lhe resultar em prazer.
Como o instinto de conservação é básico na filosofia de Hobbes, para ele os indivíduos entram em sociedade só quando a preservação da vida está ameaçada. Os homens não vivem em cooperação natural, como o fazem as abelhas ou as formigas. Ao acordo entre ela é natural; entre os seres humanos só pode ser artificial. A concepção de Hobbes tem do estado de natureza distancia-o da maio parte dos filósofos políticos, que acreditam haver no homem uma disposição natural para viver em sociedade.
Guiado pela razão, o instituto de conservação ensina que – diz Hobbes – “é preciso procurar a paz quando se tem esperança de obtê-la , pois a vida de cada um estaria sempre se cada um fizesse para exercer seu poder sobre todas as coisas. Assim, a paz imprescindível à conservação da vida que a razão solicita cria o pacto social e, através deste o homem é introduzido em uma ordem moral.
Por fim, é preciso que cada um – segundo Hobbes – “não faça aos outros o que não gostaria que fizessem a si ; é preciso evitar a ingratidão, os insultos, o orgulho, enfim, tudo que prejudique a concórdia, que o mal seja vingado sem crueldade, que haja uma equidade comum para uma soberana paz.
REFERêNCIAS:
HOBBES, Thomas, Os Pensadores: Hobbes, Editora: Nova Cutural Ltda., 1997.
Postada originalmente em: 2017-08-21 11:00:00
Categoria original: Coluna Semanal
Fonte: Robson Amaral