O repórter Humberto Trezzi do Gaúcha ZH segue trazendo público detalhes da participação do vereador de Tenente Portela e Cacique da Terra Indígena do Guarita, Valdonês Joaquim, nos assaltos ocorridos em fevereiro desse ano nas agências do Sicredi e Banrisul de Miraguaí.
Na matéria abaixo o repórter destaca parte de uma ligação telefônica interceptada pela Polícia Civil, onde um dos participantes do crime fala sobre a participação do Cacique. Leia a Matéria:
A Justiça decretou na última quinta-feira (16) a prisão preventiva do cacique Valdonês Joaquim e do pai dele, o ex-cacique Valdir Joaqui, por envolvimento em assaltos a bancos na região noroeste do Estado. Os dois líderes caingangues da Reserva da Guarita, a maior do RS, com 23 mil hectares de extensão, teriam dado abrigo a um grupo de assaltantes, que se escondeu em uma das aldeias do município de Tenente Portela.
A defesa dos dois caciques nega qualquer envolvimento deles em roubos, mas GaúchaZH teve acesso a gravaÇÕes feitas pela Polícia Civil (com autorização da Justiça) que indicam o contrário. Num diálogo telefônico, um dos envolvidos no assalto, o não índio Alessandro dos Santos, o Palmeirinha, relata que o cacique Valdonês deu ajuda ao bando de criminosos que assaltou dois bancos de forma simultânea em Miraguaí, em fevereiro deste ano:
— Na real, piá, quem apoiou vocês em tudo mesmo não foi nem o Misa (caingangue suspeito de participar dos assaltos e foragido), quem apoiou vocês em tudo mesmo foi o cacique. Quem mandava boia para vocês lá embaixo, o acampamento lá embaixo é do cacique, a moto é do cacique, tudo… Quem apoiou vocês em tudo foi o cacique. O Misael fez muito pouco por vocês, meu.
Palmeirinha foi preso pelo roubo. O interlocultor dele está foragido.
Postada originalmente em: 2017-11-20 19:14:00
Categoria original: Região Celeiro
Fonte: Sistema Província de Comunicação