Justiça de Planalto realiza primeira audiência do caso Rafael

Foto: Reprodução/TJ
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A primeira audiência pela morte de Rafael Winques aconteceu nesta quinta-feira (1º), no fórum de Planalto, no Norte do RS. O menino foi encontrado morto em 15 de março, e a mãe, Alexandra Dougokenski, está presa após confessar o homicídio.
A juíza Marilene Parizotto Campagna ouviu nesta audiência o pai de Rafael, Rodrigo Winques, o namorado de Alexandra na época, Delair de Souza, e a professora do menino, Ana Maristela Stamm. Os depoimentos foram acompanhados pela defesa da mãe e pelo Ministério Público.
Uma nova audiência está marcada para 9 de outubro.
Primeiro a depor, Rodrigo disse que “tinha esperança” de encontrar o filho vivo, quando saiu de Bento Gonçalves, onde mora, para ajudar nas buscas da criança, que estava desaparecida. Ele afirmou à juíza que sem Rafael, a vida “ficou muito ruim. Sonhava construir uma casinha pra ele”.
Perguntado sobre como era Alexandra como mãe, disse que “ela sempre dava de pau neles”. E ainda disse que ela gritava muito com a criança. Além de Rafael, Alexandra é mãe de um adolescente.
Por volta das 18h, o namorado de Alexandra na época, Delair de Souza, começou a ser ouvido. “Nos dias que a gente não estava procurando o Rafael não percebi nada no comportamento dela. Mas quando ela confessou o crime, ela se tornou uma pessoa muito fria”, destaca.
A professora de Rafael, Ana Maristela Stamm foi a última a ser ouvida. À juíza, ela disse que não conhecia Alexandra e se referiu ao aluno como “disciplinado” e “impecável”. “Me chamou a atenção que ele estava sempre, todos os dias lindo, super bem vestido. Sempre muito bonito”, afirmou.
Ela destacou, no entanto, o comportamento tímido e introspectivo do menino. “Ele era assim com todos os professores. Totalmente na dele”, comentou.
A defesa de Alexandra propôs a realização de uma acareação entre o pai do menino e ela. A juíza deu o prazo de cinco dias para que Rodrigo responda se aceita ou não depois de consultar um advogado.
O Ministério Público se manifestou contrário, pelo menos até que Alexandra deponha em juízo.
No total, serão ouvidas 17 testemunhas e a ré. Alexandra Dougokenski responde por homicídio qualificado (praticado por motivo fútil, com meio cruel e recurso que dificultou a defesa). Rafael, conforme a perícia, morreu por asfixia mecânica provocada por estrangulamento.
Cronologia do crime
Alexandra chegou a reportar o desaparecimento do filho à Polícia Civil. “No início, foram realizadas tentativas de localizar [Rafael], com o objetivo de buscar uma pessoa ainda em vida. Nos primeiros 10 dias, elementos foram sendo coletados e indícios apontavam para a convicção que na realidade a criança estava morta”, destaca o delegado Eibert Moreira Neto.
Depois, contudo, de acordo com Eibert, surgiram elementos que levavam a crer que a mãe estava envolvida, foi então que a polícia confrontou Alexandra.
“No dia 25, ela acabou por confessar parcialmente o que havia ocorrido, alegando que havia ministrado comprimidos, e acreditando que a criança estava morta, acabou usando uma corda pra transportar o corpo até a casa onde [o corpo] foi encontrado”.
A equipe da Polícia Civil de Planalto foi até o local indicado pela mãe e encontrou o corpo. Ela foi presa temporariamente.
De acordo com o delegado, o cadáver apresentava características que apontavam que a morte não havia ocorrido “pelo simples fato da mãe ter ministrado o medicamento, mas, sim, pelo fato de ter utilizado uma corda para produzir asfixia mecânica”.
Após a prisão, o delegado Eibert destaca que foram ouvidas diversas pessoas para esclarecer os fatos.
“Obtivemos informações referentes ao comportamento da investigada. Ela se mostrava extremamente fria com a situação, era um sinalizador pra gente. Naquele momento, nós ligamos um sinal de alerta”, diz.
Na reprodução simulada dos fatos, a intenção da polícia era confrontar a versão já apresentada pela suspeita. “Uma versão que já, naquele momento, não fazia o menor sentido. Não tinha a menor lógica a informação de que a investigada havia utilizado uma corda para transportar a vítima, já que ela tinha capacidade para transportar o corpo em seu colo, e o ambiente propiciava isso”, afirma Eibert.
“Não é normal que uma mãe, após ministrar um medicamento, percebendo que essa pessoa teve uma reação adversa, simplesmente amarre uma corda em seu pescoço e transporte o corpo. Esperava-se um outro comportamento dela.”
De acordo com a polícia, a casa onde a família morava fica há 400 metros do hospital da cidade.
“O celular dela tinha um aplicativo de acionamento do Samu que, sendo acionado, em questão de segundos poderia chegar na casa”, diz.
O delegado fala sobre o comportamento de Alexandra no momento em que ela entrou na casa para a reprodução simulada.
“No primeiro contato visual dela com a casa, foi extremamente perturbador pra ela, tendo em vista que quando ela notou que a casa estava fora da ordem que ela havia deixado, entrou em uma crise de nervoso. Esperávamos que ela tivesse essa crise pelo fato de estar retornando à casa que em tese houve a morte acidental do filho. O que mais perturbou foi a casa estar fora de ordem”.
De acordo com a polícia, durante todo o período de investigação, Alexandra apresentava informações que oscilavam entre a verdade e a mentira.
“Ela afirma ter tracionado a corda entre o quarto e a porta da casa, porém, quando chega na porta da casa, ela afirma carregar o corpo em seu colo, de forma que se questiona porque tracionar o corpo se podia simplesmente carregar. Afirma ter amarrado sobre os ombros da vítima, é obvio que qualquer pessoa amarraria por debaixo do braço”

Fonte: G1

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