As outras duas etapas foram realizadas no ano passado: em março, quando foram isolados 18 presos, e em novembro, com outros nove condenados encaminhados para penitenciárias federais. Antes disso, em julho de 2017, o Rio Grande do Sul já havia realizado megaoperação com a transferência de 27 criminosos, a Pulso Firme.
Em 3 de março de 2020, ocorreu a primeira ação de transferência de criminosos dentro da Operação Império da Lei. Com a participação de mais de 1,3 mil agentes e o emprego de 306 viaturas e sete aeronaves — seis helicópteros e um avião —, foi feita a remoção de 18 detentos com posição de liderança nas principais organizações criminosas gaúchas. A ação contou com a participação de 15 instituições das esferas estadual e federal.
Já em novembro do ano passado, em ação de continuidade à primeira fase, foi realizada a segunda ofensiva. Nove detentos foram transferidos, sendo que seis já estavam na lista da Império da Lei I, mas na época a Justiça não havia autorizado as transferências — o Ministério Público recorreu e obteve decisão favorável. Nesta terça-feira, sete foram isolados, em nova etapa da operação. Desses, somente um já esteve no sistema federal.
A primeira ação de transferência de líderes de organizações criminosas do RS para o sistema prisional federal ocorreu em 28 de julho de 2017. Durante a Operação Pulso Firme, foram removidos 27 detentos cujas penas somadas chegavam a mais de 1,2 mil anos de reclusão. Mais de 3 mil homens, de 20 instituições, foram mobilizados para o trabalho.
As penitenciárias federais
Diferentemente de outras prisões, as penitenciárias federais possuem sistema rigoroso de controle dos apenados que ali permanecem. Encarcerar nesses locais lideranças de organizações criminosas tem sido a estratégia empregada por outros Estados para tentar conter o poder desses grupos sobre os faccionados que estão na rua.
Nessas prisões, os apenados são mantidos em celas individuais, há bloqueadores de celular, as revistas são frequentes e as visitas monitoradas. Por outro lado, nessas casas prisionais há presos de diferentes regiões do Brasil, considerados lideranças de organizações criminosas, o que pode permitir que haja um “intercâmbio” do crime.
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Fonte: Gaúcha ZH