Surgimento de piranhas vermelhas no Rio Jacuí é monitorado; espécie ameaça peixes menores

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Pescadores do Rio Jacuí — que atravessa o RS desde Passo Fundo, no Norte, até Porto Alegre — têm relatado o aparecimento de palometas, peixes mais conhecidos como piranhas vermelhas. A espécie, que é carnívora, tem se alimentado de peixes menores na região.

A aparição dos animais tem sido frequente nas cidades do Vale do Rio Pardo. Em Vale Verde, por exemplo, a prefeitura acompanha a situação.

O diretor do Departamento de Meio Ambiente da cidade, Rodrigo Klamt, afirma que os pontos de surgimento desses animais estão sendo mapeados.

“Hoje já temos relatos de aparições desde a divisa com Rio Pardo e até na divisa com General Câmara. Ela [a espécie] já tem uma certa movimentação, já tem sido encontrada em diversos tamanhos, desde pequenininhos até 800 gramas, tamanho grande já. Isso é preocupante para nós. Mostra que talvez já esteja se reproduzindo aqui no nosso ecossistema”, explica.

Também há informações sobre o aparecimento das palometas em Cachoeira do Sul. As piranhas não são nativas da região. A principal hipótese é que elas tenham chegado até o Rio Jacuí através de canais de irrigação.

Risco aos demais peixes

 

O aparecimento da espécie carnívora pode desregular todo o sistema hídrico da região, uma vez que o peixe dourado, predador natural da palometa, está quase desaparecendo das águas do Jacuí. Com isso, a população das piranhas vermelhas cresce, e se alimenta dos peixes menores do rio.

O professor de biologia da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Andreas Kohler, aponta ainda outros possíveis motivos para o aumento da população das palometas no Jacuí.

“Existem dois principais fatores pra esse aumento. O primeiro é o aquecimento global, também aquecimento das águas dentro dos nossos rios aqui na região, que favorece o desenvolvimento da espécie. E o segundo é a população, que tem agora já um tamanho tão grande, que tem grande facilidade de, a cada ano, crescer cada vez mais”, sugere.

Especialistas temem que a espécie siga migrando até a bacia hidrográfica do Lago Guaíba. O Ibama também foi acionado e avalia soluções em conjunto com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Entre elas, o abate.

“Vão ser controles de abate que a gente vai estudar, junto com as universidades, as melhores estratégias. A gente teria que atacar em períodos reprodutivos, tentar eliminar os filhotes, mas é um trabalho bastante difícil”, diz o analista ambiental do Ibama no RS Maurício Vieira de Souza.

“Os pescadores vão ser agentes muito importantes, que eles vão nos ajudar a detectar”, completa.

‘Tomou conta do rio’

 

As palometas são animais pequenos, mas, em cardumes, podem causar estrago na pesca. “A coisa tá muito difícil por conta da palometa, e agora ela tomou conta do rio”, comenta o pescador Vanderlei Pereira.

“O relato de todos os pescadores é que o peixe que eles pegam, de dois, três, quatro quilos, a metade é comida. Hoje em dia, até as crianças, as pessoas que vêm no fim de semana pescar lambari, [comentam que] a palometa come a metade”, afirma.

Em Vale Verde, além dos pescadores, bares e lanchonetes sobrevivem do movimento nas prainhas do Rio Jacuí. Proprietária de um estabelecimento no balneário, Lisete Fogolari está com medo de queda no movimento devido ao aparecimento das palometas.

“Afasta os turistas também, porque mães não vão deixar as crianças tomarem banho com as palometas no rio. Vai ser difícil. Eu acho que o movimento vai ser fraco também”, aponta.

Fonte: G1 RS

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