Suspeito de neonazismo preso em Tramandaí é indiciado por terrorismo

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A Polícia Civil concluiu na sexta-feira (11) e enviou para a Justiça um inquérito contra um homem de 21 anos que foi preso este ano em Tramandaí, no Litoral Norte. Devido ameaças a políticos, apologia ao nazismo e à ditadura, ele responde por terrorismo, conforme a Lei 13.260 de 2016.

Israel Fraga Soares, que está na Penitenciária de Osório, foi alvo de mandado de prisão em janeiro e também de outro mandado judicial, em setembro do ano passado, quando teve vários materiais apreendidos, entre eles, um capacete da Legião Hitlerista.

Ele foi apontado como um dos 40 gaúchos que integram grupo neonazista na Deep Web, o lado obscuro da internet, além de criar perfis nas redes sociais que incitavam o ódio a judeus, negros e outros grupos.

O inquérito foi realizado pela delegada Andrea Mattos, da Delegacia de Combate à Intolerância de Porto Alegre. Segundo ela, houve o entendimento de que os atos cometidos por Soares estão enquadrados na Lei Antiterrorismo.

— É importante que se diga que preocupações com o terrorismo não se restringem à atuação de organizações. Também envolvem ameaças provenientes de potenciais atos de violência com motivação política, religiosa, ideológica e étnica que apresentem propósito de geração de pânico, terror e sensação de insegurança na sociedade — ressalta Andrea.

Investigação
Soares foi alvo de mandado de busca e apreensão no início de setembro do ano passado em casa, em Tramandaí. Na ocasião, ele teve vários materiais apreendidos, como um capacete da Legião Hitlerista, usado na 2ª Guerra Mundial, celular, computador, pendrives, canivete e radiocomunicador.

Na ocasião, ele alegou que não fazia apologia ao nazismo, afirmando que apenas gostava de ideias de Adolf Hitler e que um vídeo feito por ele em canal do Youtube, com o capacete, não passava de brincadeira. Além do canal, Soares manteve dois perfis nas redes sociais, todos considerados como divulgadores de incitações contra minorias na sociedade.

Depois disso, em outra investigação policial, em janeiro deste ano, ele foi apontado por integrar o grupo “Elite Intelectual” na Deep Web. O grupo é integrado por 40 gaúchos, como um adolescente de Lindolfo Collor, no Vale do Sinos, que cumpre medida socioeducativa por transmitir ao vivo na internet a execução de um cachorro, e um homem de Novo Hamburgo que fez ameaças a várias pessoas, uma delas o ator Douglas Silva, que participa do BBB 22.

Soares fez ameaças ao vereador de Porto Alegre Leonel Radde (PT), que investiga extremistas e faz denúncias à polícia por meio de dossiês neonazistas, bem como a uma vereadora transexual de Niterói, no Rio de Janeiro, Benny Briolly (PSOL), e ao influencer digital brasileiro que reside nos Estados Unidos Antônio Isupério.

Andrea destaca que Soares, até então, não tinha antecedentes criminais. Ele continua no sistema prisional devido à prisão preventiva decretada. Segundo ela, o suspeito não se importava em ser visto, não negou o extremismo e as postagens, mas negou preconceito a grupos minoritários.

Contraponto
Em nota, a defesa de Soares informa que considera um exagero o indiciamento por este tipo penal e que estuda duas medidas para tentar a liberdade do investigado. Além disso, foi encaminhado à Justiça um pedido de exame de insanidade mental. O Poder Judiciário autorizou e Soares aguarda por avaliação.

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