Páscoa é um divisor, um marco, um rito de passagem e também uma cerimônia de comunhão e pertencimento.
A Páscoa é um livramento de Deus como resposta ao clamor do povo oprimido.
O Resultado da Páscoa foi a liberdade geográfica e a posterior formatação das leis pautando condutas.
A Páscoa continuou sendo comemorada, nos mesmos termos de arrependimento, mediação e pertencimento, usando os mesmos elementos físicos; carne de carneiro assada, pães sem fermento e ervas amargas.
Com a crucificação de Jesus, continuamos vendo a mesma ênfase da opressão, quer na pessoa de Pilatos e no pseudo julgamento e isenção de responsabilidade – no ato de lavar as mãos – quer no povo, que eufórico gritavam; Crucifique-o! Crucifique-o!
A Páscoa, foi acrescida de outra manifestação a favor da vida, que é o fenômeno da ressureição de Jesus. Algo, também polêmico e altamente revolucionário, uma vez que muda o entendimento teológico da época.
As teofanias, maneiras como Deus se apresentou e se apresenta na história, nem sempre são ortodoxas.
Isso era a Páscoa.
E hoje, o que é a Páscoa?
Os princípios são os mesmos!
Utupia?
A proposta da Páscoa, também era!
Mas o entendimento de recomeço muda tudo…
E neste tempo de páscoa, na pandemia, o contraditório se apresenta novamente.
Como ter fé no meio disso tudo?
E esse é o ponto exato do milagre.
Na primeira Páscoa saindo apressados do Egito, o povo hebreu se viu encurralado. Na frente o mar, atrás deles o exercito de faraó para matá-los. O desespero bateu, o povo brigou com Moisés, perguntando-lhe que bagaça era aquela? Moisés, também apavorado, ora a Deus. E a resposta de Deus – francamente, não ajudou muito – Mas funcionou!
Diga ao Povo que Marchem!
Sim, O povo passou o mar, a pé enxuto, e quando o exercíto tentou passar, ficaram atolados e as águas voltaram ao normal e os submergiu.
Depois da crucificação, os seguidores de Jesus se sentiram derrotados, mas na estrada, enquanto caminhavam, aconteceu o milagre… O encontro e a fé fundamentada pela experiência com o Sagrado.
Neste tempo de pandemia, precisamos construir um relacionamento com a Espiritualidade – seja qual divindade você cultua – longe dos mercadores do templo e sem chocarices, supertições, charlatasismo e fanatismo. Uma fé que é demostrada pela tolerância com o diferente, respeito com o espaço e escolhas do outro e do que é de todos.
Páscoa, é revisão de vida.
Páscoa é libertação da alienação que escraviza.
Páscoa são novos diálagos sobre liberdade e responsabilidade pessoal, familiar e social.
Páscoa é o engajamento que produz mudanças justas e que favoreça todos os humanos e o universo.
O que mais pode ser a Páscoa?
E como essa reflexão pode mudar sua realidade?
Tudo comece por você.
Tenha Bom ânimo!
Sinta-se abraçado(a) e tenha uma ótima semana.
*com máscara, distanciamento e vacina para todos.
Ieda Maria